Na educação popular, aprendi a facilitar processos de aprendizagem em roda, a partir da realidade vivenciada pelas pessoas do grupo.
Quando professora na educação de jovens e adultos, pude testemunhar muitas pessoas aprenderem a escrever, ou perderem o medo da escrita, a partir de relatos autobiográficos.
Anos mais tarde, como professora na graduação e na pós-graduação em jornalismo, tive certeza de que escrever sobre a própria vida permite aprimorar o estilo narrativo.
Desde 2016, tenho sintetizado essas experiências em oficinas e laboratórios de escrita autobiográfica.
Além da possibilidade de destravar a mão e desenvolver um estilo próprio, narrar memórias individuais nos permite documentar memórias coletivas e resignificar experiências vividas ou herdadas de nossa ancestralidade.
Nas oficinas e laboratórios, proponho exercícios de escrita, reflexões teóricas acessíveis e dicas práticas, a partir de quatro eixos:
1: Escrita de si e autobiografia;
2: Ponto de vista, ponto de partida e descrição densa;
3: Memória individual e coletiva;
4: Tempo e espaço do vivido e do narrado.